Tua biografia duas datas
Três imagens: o relâmpago
Na montanha, a cobra
Emoldurada nos dedos, o mar
Com seus escudos.
Ilhas são funestas. Ilhas são
Geradoras de alegria pânica e
Cingem o caçador para sempre
Dado que todo homem
É ilha de carnavais por vilas
Maneiristas. Frios pierrôs
Passam cadenciados no espelho.
Dança fria
De outra geometria.
Tal é o destino das imagens
Como o das folhas: correr
Rapidamente
Paixão da plenitude
O vácuo. Paixão da Forma, o Nada.
Paixão das máscaras
As cinzas.
Marfim toque seco de pelúcia verde
Boa noite. Linda área!
- O del mio dolce ardor
Serafins, trágicos, fauna
Do palco são arrastados
Pela trompa de Ur, giram
No pátio da melancolia saturnina.
Teu emblema é o naipe
De ouros mas tua alma é teu pé
Andarilho iluminado na gruta
Eu sei. E a sombra esguia
Da atriz estrangeira paira
Borboleta, escura borboleta.
Extático direis
Que sou imortal.
Rodrigo de Haro